Mamas de formatos diferentes – já ouviu falar de mamas tuberosas?

Mamas de formatos diferentes – já ouviu falar de mamas tuberosas?

“Doutora, meus seios são tão diferentes! Isso é normal?”

Essa é uma das queixas mais comuns que escuto no consultório. E muitas vezes elas têm um nome: mamas tuberosas.

Nesta condição, as mamas se caracterizam por apresentarem o formato de um tubo (por isso o outro nome é mama tubular), em que existe prejuízo mais marcante no crescimento de uma delas. O motivo é a presença de um anel fibroso localizado abaixo da aréola (parte mais escura no meio da mama) fazendo com que ela fique mais larga. Pode haver também um crescimento da mama em direção a aréola (chamamos isso de herniação), um sulco mamário (aquela voltinha que dá o contorno da mama) mais alto e uma falta de tecido abaixo da aréola (fica uma falha na parte de baixa da mama).

Ou seja, não é apenas uma impressão da paciente – as mamas, de fato, ficam diferentes, com diversos graus de comprometimento estético! E esses diferentes formatos podem trazer um enorme peso psicológico, principalmente por causarem constrangimento na exposição do corpo, seja com o uso do biquíni naqueles dias de sol, seja nos seus relacionamentos pessoais.

E como conduzir estas alterações? O tratamento é feito com cirurgia, quando o objetivo será reduzir o tamanho da aréola, baixar o sulco mamário para sua posição correta, desfazer o anel fibroso e reorganizar o tecido mamário até obtermos um formato mais “natural” das mamas. Normalmente, a cirurgia utiliza dois acessos, um ao redor da aréola e outro por baixo da mama, embora possam existir variações conforme o cirurgião julgue necessário. Todas as opções devem ser apresentadas ao paciente antes do procedimento. Como também temos uma falta de tecido, a cirurgia inclui a colocação de próteses mamárias.

Quanto ao tempo de recuperação e os cuidados pós-operatórios, podemos dizer que são basicamente os mesmos da cirurgia de aumento das mamas (mamoplastia de aumento). Estão incluídos repouso, especialmente nos braços, por um período aproximado de 15 dias. Não se expor ao sol e se afastar neste período das atividades físicas também são outras recomendações importantes.